A nova era de Givenchy por Matthew Williams
Desde a saída de Clare Waight Keller do comando da Givenchy há pouco mais de um ano, a marca vem passando por um processo de rejuvenescimento estético pivotado pelo novo diretor criativo da marca; Matthew Williams.
Conhecido por sua 1017 ALYX 9SM, o estilista vem aos poucos trazendo seu DNA para a Givenchy e conversando com um consumidor mais jovem. Uma coleção surpreendentemente colorida, dada a predileção de Williams para o preto, talvez seja a influência do artista Josh Smith, convidado do estilista para a criar junto a ele as estampas que vemos da metade do desfile pra frente.
Uma mistura que funcionou muito bem, de alguma maneira a estética mais agressiva de ambos quando juntas tornou-se mais suave. Pretos, xadrez em cinza e marrom pontuados por tons pastel como lilás e amarelo. A alfaiataria vem quase toda over, destaque para o acabamento desfiado das peças que traz um ar edgy. Muitas sobreposições, suéteres desconstruídos usados sob blazers muito bem cortados, saias sobre calças, top sobre blusa sobre casaco. Muitos rufos e plissados, detalhes em richelieu e o retorno magnífico do peplum.
Chanel traz nostalgia com muita elegância para a PFW Em clima de “behind the camera lens”, Chanel desfila coleção de verão no último dia de Paris Fashion Week e traz nostalgia para a passarela
Quando Karl Lagerfeld assumiu a Chanel em 1983, o mundo era outro e a moda, como reflexo de seu tempo, também. Nos desfiles, ainda reinava entre as modelos uma liberdade de expressão e alegria; atitude, aliás, que começou a ser moldada vinte anos antes. Tudo isso finalizado por pivôs teatrais. No caso da Chanel, em uma sala de desfile bem menor do que os grandiosos cenários mais recentes. Na plateia, fotógrafos se acotovelavam ao redor da passarela em busca do melhor ângulo. É essa atmosfera que Virginie Viard esgata para o verão 2022 e que começou a ser montada nos filmes pré-show em clima de “behind the camera lens”, em preto e branco, com a modelo Vivienne Rohner.
Confira a coleção da Lanvin para a PFW 2022 O estilista francês Bruno Sialelli traz brilhos e diversidade para a passarela de verão da Lanvin na PFW
O designer francês Bruno Sialelli assumiu a direção criativa da Lanvin em 2019 e desde então vem dando uma cara mais consistente à marca, que estava imersa em incertezas desde a saída de Alber Elbaz em 2015. Apesar de não ser um nome badalado, Siadelli tem bagagem. Já passou pelas equipes da Loewe, Paco Rabanne, Acne Studios e Balenciaga, cuidando tanto de coleções masculinas quanto femininas. O que lhe deu conhecimento para assumir as duas linhas da Lanvin, pela primeira vez como head de criação.
Com um casting inclusivo, ele moldou o próximo verão da marca, para o feminino, sobre dois pontos principais: comprimento míni e cintura baixa. Deles vieram os vestidos trabalhados em moulage e trapeado - assinatura da marca - do início do desfile. Brilhos, texturas e leveza, mesmo nos looks com volume, dão a cara da coleção.
A ideia de apostar nessa cor pode até parecer extravagante demais mas a tendência está se mostrando mais versátil do que parece! Isso porque o verde limão aparece nessa temporada tanto em tons pastel quanto em versões vibrantes.
Desta forma, a tendência se adapta bem tanto às produções mais ousadas a até mesmo versões mais sóbrias, no qual ela se torna um toque de cor e charme e se torna a opção perfeita para qualquer ocasião!
Para quem deseja mergulhar na tendência, conjuntos de alfaiataria, looks monocromáticos e vestidos podem se tornar opções poderosas. Entretanto, a cor se torna fácil de combinar com outras tonalidades, e pode harmonizar tanto com peças mais neutras e trazer uma estética mais suave ou até mesmo cores extravagantes para quem deseja ousar e apostar em looks color block.
Beijos no Coração
Colunista e Jornalista de Moda Noeli de Carvalho e Silva
